Case ambiental de Viracopos integra livro lançado na COP 26 pelo governo estadual

O programa ambiental “Substituição de lâmpadas de vapor metálico por LED” do Aeroporto Internacional Viracopos integra o livro lançado no dia 1º de novembro pelo Governo do Estado de São Paulo, em evento paralelo à COP 26 – Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A publicação é resultado de uma ação que só foi possível com o apoio de centenas de empresas e associações, aderentes ao Acordo Ambiental São Paulo.

O Case de sucesso ambiental de Viracopos está dentro do escopo de eficiência energética, pelo qual vem sendo realizada a substituição sistemática de lâmpadas de vapor metálico por lâmpadas Light Emitting Diode (LED -Diodo Emissor de Luz) em todo o sítio aeroportuário. A ação teve início em 2015 e deve ser concluída até 2030, totalizando a substituição de aproximadamente 30.000 lâmpadas.

Além da redução de 70% no consumo de energia com iluminação, será possível reduzir as emissões de CO2 relacionadas a esse uso em aproximadamente 60% (base de cálculo conforme fator de emissão do MCTI 1kwh = 0,075 kg de CO2).

Segundo o Assessor de Gestão Aeroportuária de Viracopos, Marco Beme, foram substituídas 13.750 lâmpadas de vapor metálico por 6.932 lâmpadas LED entre 2015 e 2019, resultando na redução de aproximadamente 26% no consumo de energia para a iluminação, chegando à redução de emissão anual estimada em 141,84 tCO2.

 

De acordo com o Gerente de Manutenção de Viracopos, João Scharam, e com Supervisor de Manutenção, Diego Santos, foram investidas horas de trabalho da equipe técnica e de gestão da manutenção elétrica, bem como a aplicação financeira na aquisição de lâmpadas LED.

O Coordenador de Meio Ambiente de Viracopos, Moises Alves de Araújo Júnior, explica que a ação também contribui com a otimização do descarte de resíduos das lâmpadas substituídas. O planejamento do programa contou com a participação das Gerências de Implantação (Coordenação de Meio Ambiente) e de Manutenção (Equipe de Infraestrutura–Elétrica) no planejamento das atividades e construção do programa.

Viracopos aderiu voluntariamente ao Acordo Ambiental São Paulo em 2019, desde a sua criação. O objetivo do programa é incentivar empresas paulistas, associações, municípios a assumirem compromissos voluntários de redução de emissão de gases de efeito estufa, a fim de conter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC.

A adesão voluntária pode ser renovada automaticamente até 2030 e pretende induzir a redução de GEEs nos próximos 10 anos. O Acordo também prevê o reconhecimento dos signatários como membros da comunidade de líderes em mudanças climáticas, além do apoio técnico governamental. Essa ação incentivará a implementação de novas tecnologias e soluções inovadoras.

Segundo o governo do Estado, mesmo num período tão complexo, em razão da pandemia causada pelo coronavírus, o Acordo obteve uma expansão surpreendente, passando de 55 aderentes iniciais, em novembro de 2019, para mais de 1.000 adesões.

O processo de análise e avaliação dos 56 cases publicados envolveu uma quantidade expressiva de horas de trabalho, reuniões para a avaliação de cada uma das experiências e a chancela de pareceristas e observadores internacionais.  A publicação foi editada em duas partes: A primeira abordou, em 56 cases, uma amostra do que foi feito e planejado em prol do cumprimento das metas ambientais voluntárias para deter o aquecimento global. A outra parte foi composta pela apresentação da Nota Técnica 01 – Quantificação e Relato de Emissões de Gases de Efeito Estufa.

Histórico

O Acordo Ambiental São Paulo lançado pelo Governo do Estado, por meio das Secretarias de Relações Internacionais e de Infraestrutura e Meio Ambiente, foi concebido e coordenado tecnicamente pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), em novembro de 2019.

Visa à adesão voluntária de empresas localizadas e/ou com atuação no estado, de associações que representam setores produtivos e de municípios, de forma que possam assumir compromissos para a redução de emissão de gases de efeito estufa, no intuito de conter o aquecimento global abaixo de 1,5°C, conforme preconizado pelo Acordo de Paris.

Para monitorar os desdobramentos do Acordo foi criada, no âmbito da CETESB, a Câmara Ambiental de Mudanças Climáticas – CAMC, de forma a congregar essa gama de empresas e de instituições com o objetivo comum de estabelecer métricas e modelos de desenvolvimento econômico sustentável, discutindo as iniciativas e os esforços dedicados à redução de gases de efeito estufa e sua quantificação e reporte.

No âmbito da CAMC, foram formados dois Grupos de Trabalho: o GT Ferramentas e o GT Boas Práticas. O primeiro com o objetivo de definir as metodologias consideradas aceitas para reportar dados e, o segundo para constituir um fórum de apresentação de exemplos concretos de sucesso, que possam ser replicados.