O Aeroporto Internacional de Viracopos mais uma vez mostrou sua importância logística no combate à COVID-19 e recebeu no mês de janeiro os quatro primeiros lotes de vacinas pediátricas da Pfizer/BioNTech que chegaram ao Brasil. No total, foram 6,1 milhões de doses do imunizante para a faixa etária de 5 a 11 anos.
A previsão é que cheguem cerca de 20 milhões doses nos próximos dois meses. O aeroporto já havia recebido mais de 210 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 em 2021 e deve continuar sendo, em 2022, a principal porta de entrada do país de insumos contra o coronavírus.
A Pfizer e a BioNTech entregaram o primeiro lote no dia 13 de janeiro. O voo UC-1503, vindo de Amsterdam, pousou em Viracopos durante a madrugada com 1,24 milhão de vacinas pediátricas. Já os outros dois voos, também vindos de Amsterdam, chegaram nos dias 16 de janeiro e 24 de janeiro, trazendo 1,24 milhão e 1,81 milhão de doses, respectivamente.
O último lote chegou na madrugada do dia 31, a entrega que estava prevista para o dia 3 de fevereiro, foi antecipada. O voo vindo de Amsterdã chegou 03h13 no aeroporto e trouxe mais 1,8 milhão de doses da vacina.
A chegada dessas doses faz parte do acordo firmado no dia 29 de novembro, que contempla a disponibilização de 100 milhões de vacinas ao país ao longo de 2022. Como parte do acordo, o Governo Brasileiro também tem a opção de aumentar o número de doses previstas para serem entregues ao país em até 50 milhões de vacinas adicionais, elevando o número total de doses potenciais para 150 milhões de doses em 2022.
O contrato prevê a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante, que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias.
As vacinas pediátricas que serão entregues ao Brasil são produzidas na fábrica em Puurs, na Bélgica. Quando chegam, os imunizantes são descarregados e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP). De lá, as vacinas seguem para os centros de logística dos Estados para então serem distribuídas aos postos de vacinação espalhados pelo país.
Aprovação da ANVISA
No dia 16 de dezembro de 2021, a vacina da Pfizer/BioNTech contra o novo coronavírus recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso em crianças de 5 a 11 anos (11 anos, 11 meses e 29 dias).
A autorização de uso já havia sido concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia), além de países como Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai. A utilização e disponibilização da vacina no Brasil segue os critérios de recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Informações sobre a vacina pediátrica
De acordo com a Pfizer, apesar de ter o mesmo princípio ativo, a formulação pediátrica para crianças entre 5 a 11 anos possui uma concentração diferente, um maior número de doses por frasco e um prazo de armazenamento maior na temperatura de geladeira entre 2-8°C. O frasco também virá com uma coloração diferenciada, com tampa e rótulos de cor laranja, para que possa ser distinguido da formulação já utilizada hoje em indivíduos com 12 anos ou mais.
Crianças de 5 a 11 anos devem realizar um regime vacinal de duas doses de 10 µg. O nível de dose de 10 µg foi cuidadosamente selecionado com base em dados de segurança, tolerabilidade e imunogenicidade, segundo a Pfizer.
A empresa farmacêutica informou que o imunizante demonstrou eficácia de 90,7% em estudo clínico desenvolvido especificamente para a faixa etária pediátrica. Os ensaios de Fase 2/3 foram realizados em 2.268 crianças, nos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha, e apresentaram respostas robustas na produção de anticorpos além de perfil de segurança favorável.